A cinomose é uma doença contagiosa que costuma aparecer no
inverno. É tão grave que pode levar o cão à morte. O vilão é um vírus
transmitido pelo ar ou por meio de secreções de outro animal infectado (nós
também podemos levar o vírus pra dentro de casa, através de sapatos e mão
sujas).
Como ele adora ambientes frios, costuma atacar no inverno. Uma vez
instalado, o vírus fica no organismo bem quieto, de cinco a sete dias, à
espreita do momento certo para entrar em ação. E aí, implacável, provoca danos
gastrointestinais, respiratórios e neurológicos. Os alvos preferidos desse
inimigo são o estômago, o intestino, as vias respiratórias, os olhos, o cérebro
e a pele.
Tosse, diarreia, febre, falta de apetite e secreção amarelada nos
olhos e no nariz são os sinais. Quando a doença evolui e chega ao cérebro,
podem ocorrer convulsões e até paralisia.
Não há um medicamento específico para combater o microorganismo. O tratamento é
à base de antibióticos para evitar outras infecções oportunistas, colírios,
antiinflamatórios, vitaminas, corticóides e anticonvulsivos, mas ele apenas
ameniza os sintomas, evita suas consequências e melhora a resistência do
animal.
A vacina é fundamental. A maior parte dos cães
contaminados e não imunizados acabam morrendo. Os animais que se salvam
adquirem imunidade, mas a intensidade e a evolução da doença são imprevisíveis.
Então, nem pense duas vezes, a vacina garante 95% de proteção e sua eficácia aumenta
se o animal tomar vermífugos e sempre se alimentar direito.
Fique de olho no seu cãozinho
· Nos olhos o vírus causa conjuntivite, produzindo uma secreção
amarelo-esverdeada.
· Se a doença atacar o cérebro, o cão pode ter tique nervoso,
convulsões, paralisia e coma. Nesse ponto, as lesões são irreversíveis e
costumam levar à morte.
· Quando o vírus se instala no estômago ou no intestino, ele
provoca diarreia, vômito, gastrite e perda de apetite.
· No sistema respiratório, os sintomas são febre, tosse, secreção
no nariz. Quando o mal se agrava, o animal pode contrair pneumonia. A cinomose
se manifesta na pele em forma de feridas com pus e também pode enrijecer o
revestimento do focinho e das patas.
Nada de vacilos
· Não saia com o filhote para passear nem deixe que ele brinque com outros
animais sem vacina.
· Evite jardins públicos, água e alimentos de origem desconhecida.
· Use desinfetantes comuns nas áreas onde ele circula para
exterminar um vírus à espreita.
Fonte: Dra. Andréia A. Pasternak de Olivera
( Diretora técnica da ONG Soul Animal)
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